Hoje decidi que, por ser um dia que eu não estive inspirada, seria obrigada a escrever.
Com o passar rápido do tempo e as cobranças impostas sobre o que falarmos, o que usarmos e o comprarmos, acabei por não perceber o rosto da pessoas, acabei por me acostumar a tê-las como fotografias, sabe aquelas digitalizadas que nunca envelheçem?! Então.
Estava eu revendo umas fotos antigas de algum álbum da família quando me percebi outra. Magra, cabelo vermelho, piercing na sombrancelha, enfim... outra, e o pior.. com outras pessoas, pessoas que não poderiam ser os meus amigos que hoje tenho.
É... é estranho como desde pequenos somos levados a pensar na morte como algo finito, como um ponto final em nossas vidas. Não paramos pra pensar nas mortes celulares que ocorrem a cada segundo, nas mortes de brinquedos que com qualquer pedaço de fita se reconstroem como se fossem novos. Penso que a morte seja sempre uma espécie de abandono, abandono de uma vida pacata para uma agitada já é uma morte, abandono dos velhos costumes, das velhas roupas, dos velhos pensamentos, dos velhos comportamentos... TUDO É MORTE!
Ah, pensando assim, como é suave o sabor da morte, é um sabor de amadurecimento, de renovação, reconstrução... Não crie seus filhos como se você fosse morrer amanhã e nem como se fosse viver pra sempre, não abuse hoje pra não faltar amanhã mas tambem não guarde tudo para amanhã se poderás morrer hoje. Penso que a morte seja necessária, assim como o ponto médio das coisas.. Penso que viveríamos no ponto médio da morte, ou não!
Paola Cessel Pereira.
Ivinhema - MS
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Um comentário:
Polaa, postei no meu blog e vim ler o seu
Bela reflexao sobre a vida.. meio q tocamos no msm assunto d maneiras diferentess..rss
Dos textos q li, esse foi um dos melhoresss
Otimo pra um dia sem inspiracao!!..
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