sexta-feira, 11 de maio de 2012

Um dia complicado não é nada mais que mais um dia complicado!

Você se lembra de quantos dias complicados teve na vida?
Lembras dos porquês?
Lembras tudo que jurastes que ia não ia fazer e fez no dia seguinte?
Sim, eu não lembro. Eu espero que você não faça como eu, dias complicados (não?) são para sempre, porem, se continuarmos cometendo os mesmos erros estes dias continuaram a aumentar, visto que sempre temos novos motivos, e, se, não conseguirmos consertar os erros antigos, eles se juntaram com os novos e, então, nós seremos apenas erros.
Todo comportamento pode ser modificado, todo erro pode ser corrigido. O difícil, talvez nem seja entender isto, mas sim conseguirmos nos mantermos equilibrados, para que nosso erro não nos afete, não altere a nossa saúde mental.
O mais difícil, pelo menos pra mim, é aceitar que nem tudo me faz bem, nem tudo que é bom, é bom realmente. A nossa sociedade tem um modo estranho de tratar a dificuldade das pessoas, muitas vezes ela tenta mascarar estas dificuldades, porem, você, eu e quem mais sofrer com a dificuldade sempre entende o quão doloroso é tê-las.
Estudando outro dia um texto de Terapia familiar, pude compreender que possuímos em nosso self três instancias muito importante, os exilados (que são os responsáveis pelo sofrimento e pelo sentimento de tristeza), os ..... (que são os responsáveis pela nossa busca pela perfeição, nossa busca sem fim pelo melhor, o que nos motiva) e os bombeiros (que é quem de fato apaga o fogo desta briga quando os exilados estão ganhando, que são o álcool, o tabaco e as drogas) e tive um insight, estou na profissão errada, deveria ser bombeira! Não, isto não é uma piada, mas sim uma crítica FORTÍSSIMA ao meu estilo de vida, não posso, não devo esperar a vida passar enquanto eu me anulo para o mundo, enquanto eu durmo ao efeito de álcool e outras drogas. Um minuto de anestesia, de interrupção, é mais um minuto perdido na busca pelo que almejo e desejo para o futuro, futuro esse que, infelizmente, só eu posso construir; mas então, como me organizar de modo com que eu consiga viver sem estas anestesias? Confesso que ainda não sei, mas é exatamente esse o exercício que devemos fazer todos os dias. O medo de ficarmos a sós com nós mesmos tem de acabar, essa alienação gritante que nós tanto tentamos fugir, essa práxis que nos envolve cada vez que usamos um método de fuga diferente que acaba nos deixando no mesmo lugar, afinal, uma fuga não é uma resolução, ela é apenas uma fuga, bem como um dia complicado não é nada mais que mais um dia complicado!

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