domingo, 7 de agosto de 2011

- apenas hoje

Confesso que hoje acordei pensando nas crianças mudas telepáticas e nas meninas cegas inexatas; e como elas estariam se estivessem neste mundo ainda, como se vestiriam, como falariam, se ainda de fato estariam vivas..
Acordei pensando em como o dia está bonito e o que é vital para as pessoas, o que não é e o que não é mas as pessoas pensam ser,
Acordei querendo ser feliz, como se ser feliz me fosse vital, como se o momento para ser feliz fosse agora e tudo, absolutamente tudo o que eu fizesse fosse apenas movido por prazer.. um prazer intenso que te deixa em ecstase; aliviado, relaxado, como se você não precisasse mais se esforçar para ser feliz, afinal, você está feliz e esse sentimento será sentido para sempre, pelo menos naquele momento.
Penso que quando se utilizaram da rosa de hiroshima, a anti-rosa atômica, a qual deixou feridas como rosas cálidas, foi exatamente isso que não sentiram, penso que sentiram apenas aquele prazer movido pelo desespero, aquele prazer que temos que saciar senão ficamos louco, aquele prazer não-prazer... penso que buscaram aquela sensação na qual buscamos o não-sofrimento ao invés do prazer em si.
É assim, puramente assim que agimos, hora buscando o prazer, hora aliviando a dor, mas nem sempre sentindo-nos inteiros, vivos
Alias, essa sensação de estar vivos é muito importante para as pessoas mesmo, o problema é que nem sempre elas encontram como estar neste estado, mas infeliz essa fica para o próximo post, ainda busco em mim o que me deixa viva, ou pelo menos com essa sensação, porque se sentir viva é uma coisa, e feliz é outra; e neste momento só encontro a felicidade, mesmo as vezes não estando viva.

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